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Febre Amarela

A vacina da Febre Amarela é um imunizante atenuado que protege contra a Febre Amarela, doença hemorrágica viral aguda, transmitida por mosquitos vetores em locais rurais e urbanos, que é muito comum nas regiões tropicais da América do Sul e África.

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Descrição

A vacina da Febre Amarela é um imunizante atenuado que protege contra a Febre Amarela, doença hemorrágica viral aguda, transmitida por mosquitos vetores em locais rurais e urbanos, que é muito comum nas regiões tropicais da América do Sul e África. Por esta razão, também é uma vacina obrigatória para quem pretende viajar para estas localidades. Indicada para todos os indivíduos a partir de 9 meses de idade com esquema vacinal com uma dose mais um reforço até os 4 anos e em dose única para adultos (recomendada com cautela para indivíduos com mais de 60 anos). Sua administração é por via subcutânea. Possui algumas contraindicações específicas, mais detalhes podem ser encontrados nos sites do Ministério da Saúde: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/f/febre-amarela ou no da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) https://familia.sbim.org.br/vacinas.

Pode ser encontrada no CEDIR CEDIRLAB. Também disponibilizada no SUS.

A Vacina de Febre Amarela protege contra:

Febre amarela.

A Vacina de Febre Amarela é indicada para:

Pessoas a partir de 9 meses de idade.

Contraindicação da Vacina de Febre Amarela:

– Crianças abaixo de 6 meses de idade;
– Indivíduos infectados pelo HIV, sintomáticos e com imunossupressão grave comprovada por exame de laboratório;
– Pessoas com imunodepressão grave por doença ou uso de medicação;
– Pacientes que tenham apresentado doença neurológica desmielinizante no período de seis semanas após a aplicação de dose anterior da vacina;
– Gestantes, salvo em situações de alto risco de infecção, o que deve ser avaliado pelo médico;
– Mulheres amamentando bebês com até 6 meses. Se a vacinação não puder ser evitada, suspender o aleitamento materno por 10 dias. Procure o pediatra para mais orientações;
– Pacientes submetidos a transplante de órgãos;
– Pacientes em tratamento de câncer;
– Pessoas com história de reação anafilática relacionada a substâncias presentes na vacina, como ovo de galinha e seus derivados, gelatina bovina ou outras;
– Pacientes com história pregressa de doenças do timo (miastenia gravis, timoma, casos de ausência de timo ou remoção cirúrgica).

Doses da Vacina de Febre Amarela:

– Crianças até 4 anos: duas doses, aos 9 meses e aos 4 anos. Se a 1ª dose foi após 9 meses e antes dos 4 anos, mesmo assim, seve ser aplicada a 2ª dose aos 4 anos de idade;
– Acima de 4 anos: não há consenso sobre a duração da proteção conferida pela vacina. De acordo com o risco epidemiológico, uma segunda dose pode ser considerada pela possibilidade de falha vacinal.

 

IMPORTANTE: o Ministério da Saúde usou em 2018 doses fracionadas como forma de conter o surto vigente na ocasião. A estratégia é reconhecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como segura e eficaz para conter surtos e epidemias, mas deve-se avaliar a possibilidade de vacinação com dose plena, principalmente em casos de viagens, já que a dose fracionada não é aceita internacionalmente.

Como é aplicada a Vacina de Febre Amarela:

Subcutânea

Diferenciais da Vacina de Febre Amarela:

VACINA PÚBLICA
VACINA PARTICULAR
Apenas a vacina produzida por Bio-Manguinhos.
As duas vacinas oferecidas no Brasil – Bio-Manguinhos (pública) e Sanofi-Pasteur (particular) – têm perfil de segurança e eficácia semelhantes, estimados em mais de 95% para maiores de 2 anos.

Quais as possíveis reações da Vacina de Febre Amarela?

– Manifestações gerais, como febre, dor de cabeça e muscular são os eventos mais frequentes e acontecem em cerca de 4% dos que são vacinados na primeira vez e menos de 2% nas segundas doses;
– Manifestações locais como dor na área de aplicação ocorrem em 4% dos adultos vacinados e um pouco menos em crianças pequenas. A dor dura um ou dois dias, na forma leve ou moderada;
– Reações alérgicas como erupções na pele, urticária e asma acontecem com a frequência de um caso para 130 mil a 250 mil vacinados;
– Apesar de muito raros, podem acontecer eventos graves: reações alérgicas, doença neurológica (encefalite, meningite, doenças autoimunes com envolvimento do sistema nervoso central e periférico) e doença em órgãos (infecção pelo vírus vacinal causando danos semelhantes aos da doença). No Brasil, entre 2007 e 2012, a ocorrência destes eventos graves foi de 0,42 caso por cem mil vacinados;
– Entre 1999 e 2009, ocorreu anafilaxia na proporção de 0,023 caso para cem mil doses aplicadas;
– Entre 2007 e 2012, aconteceram 116 casos (0,2 caso em cem mil vacinados) de doença neurológica, principalmente quando se tratava de primeira dose e em idosos. Já a doença nos órgãos, chamada “viscerotrópica”, neste mesmo período, ocorreu em 21 pessoas (0,04 caso em cem mil vacinados).

Qual a composição da Vacina de Febre Amarela?

No Brasil, estão disponíveis duas vacinas: a produzida por Bio-Manguinhos – Fiocruz, utilizada pela rede pública, e a produzida pela Sanofi-Pasteur, utilizada pelos serviços privados de vacinação e, eventualmente, pela rede pública. Ambas são elaboradas a partir de vírus vivo atenuado (enfraquecido).

As duas têm perfil de segurança e eficácia semelhantes, estimados em mais de 95% para maiores de 2 anos.

É importante ressaltar que os estudos para o uso de doses fracionadas, recomendado apenas durante campanhas do Ministério da Saúde, em localidades e períodos bem definidos, foram realizados apenas com a vacina de Bio-Manguinhos. Não há, portanto, autorização para a administração de doses fracionadas da vacina da Sanofi-Pasteur.

Como me preparo para tomar a Vacina de Febre Amarela?

– Não são necessários cuidados especiais antes da vacinação;
– Em caso de febre recomenda-se adiar a vacinação até a melhora;
– Para crianças até 2 anos de idade, não aplicar simultaneamente com a vacina tríplice viral e aguardar intervalo mínimo de 30 dias entre as duas vacinas;
– Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou;
– Todo e qualquer evento adverso grave e/ou inesperado deve ser notificado às autoridades de Saúde.

EXIGÊNCIA DE VACINAÇÃO PARA VIAJANTES

Como o Brasil é considerado endêmico para a febre amarela, alguns países (acesse a lista) só permitem a entrada de viajantes brasileiros que apresentem o Certificado Internacional de Vacinação e Profilaxia (CIVP) com registro de dose aplicada no mínimo 10 dias da viagem. A dose fracionada não é válida para esse fim.

Para obter o documento é necessário procurar os serviços públicos ou privados habilitados ou acessar o site da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para emissão online. Mais informações em https://www.gov.br/pt-br/servicos/obter-o-certificado-internacional-de-vacinacao-e-profilaxia ou por meio do telefone 0800-642-9782.

Quando há contraindição para a vacinação, o médico(a) poderá emitir o certificado de isenção da vacinação contra febre amarela com a justificativa da isenção. Para informações sobre como obter este certificado, acesse https://civnet.anvisa.gov.br/app/viajante/login?wicket-crypt=CMd8D9wZbAY

GRUPOS COM PRECAUÇÃO PARA VACINAÇÃO

Em situações de aumento das chances de infecção pelo vírus selvagem da febre amarela, a vacinação pode ser recomendada para pessoas com algumas condições clínicas que inicialmente seriam consideradas contraindicação. Cabe a(o) médico(a) avaliar a relação risco-benefício.

– Indivíduos a partir de 60 anos não previamente vacinados: embora raro, está descrito risco aumentado de eventos adversos graves na primovacinação nesta faixa etária;
– Pessoas vivendo com HIV/Aids, assintomáticas e que apresentem o LT-CD4 ≥ 350 células/mm3. Poderá ser utilizado o último exame de LT-CD4 (independentemente da data), desde que a carga viral atual (menos de seis meses) se mantenha indetectável;
– Pessoas após término de tratamento com quimioterapia (venosa ou oral) e sem previsão de novo ciclo: administrar a vacina após três meses do término da quimioterapia;
– Pessoas que fizeram uso de medicamento anticélulas B e Fludarabina: aguardar seis meses de intervalo;
– Pessoas submetidas a transplante de células tronco hematopoiéticas: administrar a vacina a partir de 24 meses após o transplante se não houver doença do enxerto versus hospedeiro e/ou recaída da doença de base e/ou uso de imunossupressor;
– Síndrome Mieloproliferativa Crônica: administrar a vacina se padrão laboratorial for estável e com neutrófilos acima de 1500 céls/mm³;
– Síndrome Linfoproliferativa: administrar a vacina três meses após o término da quimioterapia (exceto no caso de uso de medicamento anti-células B, quando o intervalo deve ser de seis meses);
– A administração da vacina em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico ou outras doenças autoimunes deve ser avaliada com cuidado, pois pode haver imunossupressão nesses pacientes.

DOENÇAS HEMATOLÓGICAS

– Hemofilia e doenças hemorrágicas hereditárias: administrar a vacina conforme orientação do Calendário Nacional de Vacinação;
– Recomenda-se o uso de compressas frias antes e depois da aplicação da vacina;
– Doença Falciforme: sem uso de hidroxiureia: administrar a vacina conforme o Calendário Nacional de Vacinação; em uso de hidroxiureia: administrar a vacina somente se contagem de neutrófilos acima de 1500 céls/mm³.

A Vacina de Febre Amarela é disponibilizada no SUS?

Sim, apenas a vacina produzida por Bio-Manguinhos. As duas vacinas oferecidas no Brasil – Bio-Manguinhos e Sanofi-Pasteur – têm perfil de segurança e eficácia semelhantes, estimados em mais de 95% para maiores de 2 anos.

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